Cresce uso de internet banking

O professor de inglês Daniel Medeiros, 29 anos, tinha o hábito de pagar contas e realizar transferências de valores em terminais de autoatendimento ou em agências bancárias. Mudou de ideia há menos de um ano, quando passou a utilizar a internet para estas e outras operações financeiras. Medeiros é um dos 35 milhões de brasileiros que, segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), utilizavam a rede para serviços bancários em 2009. O número é 337,5% maior que os 8 milhões de clientes registrados pela Febraban em 2000.

Medeiros conta que optou pela internet por conta da praticidade. "Posso consultar saldos, obter extratos e fazer transferências programadas sem sair de casa. Conhecer pessoas que acessavam bancos pela internet ajudou-o a ganhar confiança para utilizar esta classe de serviços."

Embora só vá a uma agência bancária ou terminal de autoatendimento para retirar dinheiro, Medeiros observa que só acessa a página do banco do qual é cliente do computador de casa. "Mantenho a segurança atualizada", garante.

Além da comodidade, a maioria dos grandes bancos oferece tarifas mais baratas para a execução de serviços de transferências pela internet em detrimento da realização na agência. Há casos em que a redução supera os 50%.

Roy Martelanc, coordenador do MBA Banking da Fundação Instituto de Administração (FIA), afirma que o aumento é consequência da evolução tecnológica. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de residências com acesso à internet cresceu mais de 140% entre 2003 e 2008, indo de 5,7 milhões para 13,7 milhões no período.

Eduardo Godinho, gerente da Trendmicro, empresa de segurança virtual, orienta aos internautas a navegar por ambientes seguros e nunca responder a mensagens supostamente enviadas por bancos ou órgãos públicos solicitando informações para atualização de cadastro. "Os bancos enviam comprovantes, mas não pedem dados", alerta. As informações são do Jornal da Tarde